Escolher a cor dos olhos, o porte, cor da pele e dos cabelos ou impedir que seu descendentes herdem genes que possam se desenvolver em futuras doenças, será que isso será possível no futuro?
Na verdade, é algo que já vem sendo discutido e polemizando há alguns anos. A clínica The Fertility Institutes em 2009 anunciou que disponibilizaria em seu site a opção de escolha de cores dos olhos e pele em embriões, mas devido a críticas, não veio a ser concretizado. O comandante Jeff Sterling, pioneiro na fertilização in vitro, afirma que o procedimento já pode ser realizado há muito tempo.
![](https://static.wixstatic.com/media/c40472_8347fbb8b5784e808e61291cd0b0ddcb~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_653,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/c40472_8347fbb8b5784e808e61291cd0b0ddcb~mv2.jpg)
Em países, como nos EUA, já é possível escolher o sexo do bebê antecipadamente.
No Brasil a prática a estritamente proibida, sendo que a única exceção é em caso de doenças ligadas ao sexo.
Quais os riscos dessa manipulação nos genes para obter caraterísticas específicas?
![](https://static.wixstatic.com/media/c40472_293dc1ce17ec42aab8b5d58a6a9e0568~mv2.png/v1/fill/w_602,h_335,al_c,q_85,enc_auto/c40472_293dc1ce17ec42aab8b5d58a6a9e0568~mv2.png)
Imagine se essa tecnologia avança e as pessoas passam a escolher como querem seus filhos, isso nos direcionaria para uma seleção artificial, ditada pela mídia do momento, reforçaria padrões de beleza enquanto a maioria seria sujeita a pressões sociais para alcançar tal padrão, e seriam sujeitos a discriminação.
A ciência que envolve as escolhas das características em bebês é baseada em uma técnica de laboratório chamada de pré-implantação de diagnóstico genético (PGD, na sigla em inglês).
A técnica envolve a retirada de uma célula de um embrião muito novo, antes que ele seja implantado no ventre da mãe. Assista o vídeo para entender melhor.
O Teste PGD e outros testes genéticos fazem parte de estudos realizados para comprovar a saúde genética dos embriões, tanto com relação às doenças hereditárias, quanto para descartar alterações cromossômicas não hereditárias, que podem inviabilizar o desenvolvimento do embrião ou provocar doenças genéticas, como a Síndrome de Down. Ele é recomendado para casais com histórico de doenças hereditárias, idade materna avançada entre outros, mas, em geral, é uma técnica de prevenção.
Organizado por: Maria Moraes, Marina Sande e Sara Maier
Referências:
BABIES by design. Why most people would genetically modify their babies. Online Doctor. Disponível em: <https://onlinedoctor.superdrug.com/designing-the-perfect-baby/>.
Clínica nos EUA oferece escolha de cor de olhos de bebês. BBC Brasil, 2014. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/lg/noticias/2009/03/090302_bebeescolhaeuafn>. Acesso em Maio de 2021.
CLÍNICA IVII. Disponível em: <https://ivi.net.br/>. Acesso em Maio de 2021
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica: confiança para o médico, segurança para o paciente. Resolução CFM n° 2.217, de 27 de setembro de 2018, modificada pelas Resoluções CFM nº 2.222/2018 e 2.226/2019. Conselho Federal de Medicina, Disponível em: <https://portal.cfm.org.br/images/PDF/cem2019.pdf>. Acesso em Maio de 2021.
VIDAL, Camila. É possível escolher o sexo do bebê na reprodução assistida? CEFERP - Centro de Fertilidade de Ribeirão Preto, 2020. Disponível em:<https://ceferp.com.br/blog/e-possivel-escolher-o-sexo-do-bebe-na-reproducao-assistida/>. Acesso em Maio de 2021.
Comments