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Mesmo com toda a tecnologia que a humanidade já desenvolveu, ainda não temos equipamentos capazes de suportar altas pressões e temperaturas até o centro da Terra. E a maior parte do seu interior fica inacessível a observações diretas. São aproximadamente 6.400 km da superfície até o centro. O máximo que conseguimos atingir, com um batiscafo tripulado, foram 11 km na fossa das Marianas nas Filipinas.
Devido a essa limitação, recorremos a métodos indiretos de estudo. E um deles é o estudo dos meteoritos, que são fragmentos de asteroides, cometas, luas ou planetas que se desagregaram. Esses fragmentos, quando ainda no espaço, são chamados de meteoroides.
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Ao entrar na nossa atmosfera, em alta velocidade, o atrito e a desaceleração pelo contato com as moléculas de ar gera calor e ruído, das explosões em sua superfície, produz aquela “bola de fogo”, o bólido. Aqui caídos, esses corpos recebem o sufixo “ITO” ao nome, como as rochas terrestres (ex.: arenito, granito), logo, meteorITO.
Mas como que algo que cai do espaço vai trazer informações sobre o interior da Terra????
A Terra é formada pela mesma química inicial que deu origem aos demais corpos do Sistema Solar. Sua origem está intrinsecamente ligada à formação do Sol e dos demais planetas. Existem diferenças entre os planetas, mas por eventos distintos na evolução dos sistemas planetários. E esses fragmentos podem sim, nos trazer informações importantes.
Seguindo uma classificação simplificada, os meteoritos se dividem em:
Metálicos ou Sideritos formados basicamente de fase metálica cerca de 90% de Fe-Ni ou mais que isso até, é um maciço de ferro;
Siderolitos ou Mistos compostos por duas fases: metálica e pétrea. Com 50% de ferro e níquel;
E os Aerólitos ou Rochosos formados basicamente de material rochoso, os silicatos.
Então, por exemplo, estima-se que os sideritos sejam evidências do centro dos primeiros planetas e, possivelmente, também tenham a mesma composição do centro da Terra, porque a superfície dos planetas, assim como na Terra, é composta de elementos mais leves. Aqui na Terra, não se encontra grandes concentrações reunidas de Fe e Ni, é preciso fabricar ferro e aço em siderúrgicas a partir do minério de ferro. Então, estudar os meteoritos nos trazem informações indiretas da possível composição do interior, ainda inacessível, do nosso planeta.
E assim por inferência, geramos hipóteses de estudo e pesquisamos mais evidências. Essa é só uma, de muitas evidências encontradas para entender o que acontece no centro da Terra.
Ah, uma curiosidade, SIDERURGIA vem da palavra grega SIDER, que significa ESTRELA, ou em línguas mais antigas “ORIGEM CELESTE”. As civilizações antigas fabricavam utensílios e armas a partir de meteoritos encontrados na superfície, não havia tecnologia para minar ou fundir e fabricar ferro e aço. Usamos a nomenclatura até hoje.
Sugestões relacionadas:
- Vídeo do evento XII Semana de Biologia da UFES de Vitória (XII SeBiVix), playlist "Dois minutos de Ciência":
- Vídeo do canal Nerdologia no YouTube: "Seria possível cavar até o centro da Terra?".
- Visite o Museu Geológico da Bahia e conheça a história do estudo dos meteoritos na Bahia e no Brasil, veja também alguns meteoritos de perto!! O Museu fica na Av. Sete de Setembro, 2195 - Vitória, Salvador - BA, 40080-002. Funciona ter - sex 13:00 - 18:00 e sáb - dom 13:00 - 17:00. Site: http://www.mgb.ba.gov.br/ . Instagram: @museugeologicodabahia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Press, F. et al. Para entender a terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 656 p.
Teixeira, W. et al . Decifrando a Terra. 1. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568 p.
Zucolotto, M E; Fonseca, A C; Antonello, L L. Decifrando os Meteoritos. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional. Série Livros; 52, 2013. 160 p.
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