Sabia que no dia 20 de fevereiro se comemora o dia internacional das mulheres e meninas nas ciências? Por que será que temos um dia só pra elas? Vamos parar por 10 segundos e imaginar qual a imagem de cientista que temos na nossa cabeça.
Pensou?!
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Apostaria 50 centavos que você imagina uma pessoa mais ou menos assim →
Tá vendo onde eu quero chegar? Por isso a ONU em parceria com a UNESCO criaram essa data, com o intuito de alcançar maior destaque e visibilidade para as mulheres na ciência, com determinação para acabar com a discriminação e os estereótipos.
Mas por que essa é a imagem que temos? Essa imagem foi historicamente construída. Mas por que não vemos mulheres na história das ciências? Por que nós( elas ♀) somos sempre vistas como coadjuvantes e não protagonistas? Será que nós( elas ♀) não fazemos ciências ou não fazíamos nos tempos desses grandes nomes? Ou por que a nossa presença e histórias foram apagadas? Afinal, por trás de um grande homem, sempre tem uma grande mulher, não é mesmo?
Exemplos de mulheres apagadas ou não, que contribuíram para o avanço das ciências
Existem pesquisas que questionam que a teoria da Relatividade de Albert Einstein tenha sido escrita em colaboração com uma mulher. Não qualquer mulher, mas a própria mulher
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de Albie, Mileva Maric Einstein, há algumas evidências para isso, mas ainda há discussão entre os historiadores. De uma forma ou de outra, essa exemplar cientistas merece reconhecimento por sua contribuição e participação das mulheres na ciência e no mundo da física. Quer saber mais sobre a vida dessa cientista exemplar, clique ali
O rosto e nome de Marie Curie é provavelmente o mais figurado como ‘mulher na ciência', e não é pra pouco, mesmo numa época onde a ciência era dominada por homens, ela fez
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descobertas importantíssimas para o mundo físico, como nas pesquisas sobre radioatividade, que deixaram um legado enorme principalmente na medicina, no diagnóstico de doenças e tratamento de outras, como o câncer. Ela foi a primeira mulher a ocupar uma posição de professora de Física na faculdade de ciências Sobornne, diretora do Instituto de Rádio em Paris, fundou o Instituto Curie, e ganhou dois Nobels, o que a categoriza como única pessoa a ganhar dois prêmios em áreas científicas diferentes. Em consequência seu nome e rosto é comumente visto em meio a de homens cientistas. Quer conhecer mais sobre essa mulher ilustre? clique ali
Prefere assistir sobre? Considere o filme Radioactive que é uma cinebiografia de Madame Curie.
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Todo dia tem mulheres notáveis na esfera científica, vamos dar visibilidade a elas, vamos nos lembrar. Agora em 2021 uma mulher jovem, negra, nordestina, baiana, se tornou centro de holofotes, por ter sequenciado o genoma do SARS-CoV-2 apenas 48 horas, o que
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permitiu diferenciar o genoma do vírus do epicentro da pandemia, em Wuhan na China, embora ela queira dar o mérito também à equipe. Jaqueline é doutora e, atualmente, desenvolve pesquisas em nível de pós-doutorado, também integra o Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus, um projeto de monitoração de epidemias com o objetivo de dar respostas em tempo real. Como pesquisadora negra ela consegue semear sua imagem, com grande representatividade na ciência. Quer ver mais dela? Clique ali vai
Sabe o que essas cientistas tinham em comum? Muitas delas receberam apoio da família, em específico do pai, para estudar, crescer e se desenvolver, não se aquietaram com o sistema macho-dominante, lutaram todos os dias com as discriminações, com certeza choraram, mas o amor pela ciência as mantiveram resilientes, e hoje deixam seu patrimônio e representatividade, para nós, meninas, mulheres, negras, cis, trans, indígenas, quilombolas.
Esperemos que num futuro próximo ações de incentivo à participação, com mais oportunidades de acesso, permanência e avanço em programas científicos compreendam mais mulheres, essa é uma luta pela igualdade de gênero na ciência.
"Neste Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, peço a todos que criem um ambiente onde as mulheres possam realizar o seu verdadeiro potencial e as meninas de hoje se tornem as principais cientistas e agentes de inovação de amanhã, moldando um futuro justo e sustentável para todos.”
António Guterres
Secretário-Geral Nações Unidas
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Se liga nesse filme!! Fala sobre o tema do artigo, muito bem criticado, uma ótima forma de passar a tarde, baseado em fatos reais, Estrelas além do Tempo.
1961. Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. É lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NASA.
Organizado por Jessica Rebouças e Sara Maier
Referências:
https://www.microbiologia.ufrj.br/portal/index.php/pt/destaques/novidades-sobre-a-micro/429-mulheres-na-ciencia
https://brasil.un.org/pt-br/171698-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-11-de-fevereiro-mensagem-do-secretario
http://uspmulheres.usp.br/dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-nas-ciencias/
http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/2251-jaqueline-goes-de-jesus-cientista-que-mapeou-o-genoma-do-coronavirus-e-homenageada-pelo-cns
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/08/mileva-maric-einstein-sua-participacao-na-fisica-foi-esquecida.html
https://www.nobelprize.org/prizes/physics/1903/marie-curie/biographical/
https://www.adorocinema.com/filmes/filme-219070/
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