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Plantas medicinais

carolinaguedes1968

Plantas medicinais são os medicamentos mais antigos usados pelo ser humano, com o conhecimento do potencial terapêutico ou nocivo adquirido de forma empírica. A descoberta da possibilidade de ervas serem consumíveis foi por meio da observação de animais que as utilizavam, com posterior uso em pessoas da comunidade, sendo transmitido por gerações como identificar as ervas e suas atividades curativas. Além do fator medicinal, algumas dessas plantas passaram a conter viés cultural, sendo usado em rituais religiosos. No Brasil, a utilização das plantas medicinais teve influência africana, indígena e europeia. Os africanos, no período escravocrata no Brasil, trouxeram diversas plantas para uso em rituais religiosos e terapêuticos. Ademais, indígenas usavam ervas locais com finalidades semelhantes, aprimorando as técnicas e passando-as por gerações.


Figura 01: imagem ilustrativa sobre o uso das plantas medicinais.


Diante do que foi discutido, qual seria a definição de plantas medicinais?


Plantas medicinais, conhecidas popularmente como remédios caseiros, são ervas com propriedades terapêuticas, sendo utilizadas como recuso paliativo ou cura de patologias (doenças). A capacidade curativa ou paliativa dessas plantas é devido a presença dos princípios ativos, substâncias farmacológicas presente nas plantas, atuando em células e órgãos. Contudo, o uso dessas plantas de forma inadequada, associada a outros compostos ou em excesso pode causar efeitos adversos; necessitando atenção para o emprego dessas plantas como tratamento.

Algumas populações costumam relacionar as plantas medicinais com fitoterápicos, no entanto, há diferenças. As plantas medicinais são usadas como remédios caseiros, cultivadas em hortas ou coletadas na mata, devido ao conhecimento tradicional e popular da capacidade terapêutica dessas ervas. Fitoterápicos são medicamentos derivados de plantas. O fármaco é produzido a partir da extração do princípio ativo presente na planta, sendo necessário estudos laboratoriais de segurança e eficácia, além da aprovação de uma agência reguladora para comercialização; a qual no Brasil é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).


A seguir descreveremos algumas plantas nacionais com seu nome científico, popular, família a que pertence e o papel terapêutico.


Schinus terebinthifolia Raddi

(ANACARDIACEAE)


Conhecido popularmente como Aroeira, Aroeira-mansa ou Fruto-de-sabiá; esta planta possui distribuição nas regiões Nordeste, Centro-oeste, Sul e Sudeste do Brasil. O preparo da erva para utilização medicinal é com a fervura da água juntamente com a planta (decocção), sendo administrando por meio de gargarejo ou compressas para tratamento de inflamação, reumatismo, artrite, hemorroida e várias outras patologias. A administração da erva é contraindicada para mulheres em gestação por induzir contração uterina (abortivo).


Figura 02: Schinus terebinthifolia Raddi.



Maytenus ilicifolia

(CELASTRACEAE)


Conhecida popularmente como Espinheira-santa, Salva-vidas ou Erva santa; possui predomínio na região Sul, havendo possibilidade de ocorrer em outras regiões brasileira. A raiz e a folha dessecadas são preparadas por decocção para posteriormente o líquido ser ingerido. A Mayatenus ilicifolia é usada para tratamento de gastrite, úlcera gastroduodenal, anti-séptico, analgésico, diurético e outras enfermidades. A espinheira-santa obteve indicação medicinal aprovada pela ANVISA (2014).


Figura 03: Maytenus ilicifolia.




Eugenia uniflora L.

(MYRTACEAE)


Conhecida popularmente como Pitangueira-vermelha, Pitanga ou Ibipitanga; possui representantes nas regiões Sul, Sudeste, Bahia e Mato Grosso do Sul.

As folhas são preparadas por decocção para ser utilizado no gargarejo, chá ou banho; auxiliando no combate à febre intermitente, diarreia, reumatismo, gota e outras doenças. O fruto é comestível e usado na preparação de doce, geleia e polpa de suco.


Figura 04: Eugenia uniflora L.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ARGENTA, Scheila Crestanello et al. Plantas medicinais: cultura popular versus ciência. Vivências, v. 7, n. 12, p. 51-60, 2011.


BRANDELLI, Clara Lia Costa. Plantas Medicinais: histórico e conceitos. Monteiro SC, Brandelli CLC. Farmacobotânica: aspectos teóricos e aplicação. Porto Alegre: Artmed, p. 1-13, 2017.


PEDROSO, Reginaldo dos Santos; ANDRADE, Géssica; PIRES, Regina Helena. Plantas medicinais: uma abordagem sobre o uso seguro e racional. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 31, 2021.


MINAS GERAIS. Centro Especializado em Plantas Aromáticas Medicinais e Tóxicas. Universidade Federal de Minas Gerais. PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS. 2016. Disponível em: https://www.ufmg.br/mhnjb/ceplamt/plantas-medicinais-2/. Acesso em: 10 nov. 2023.


MINAS GERAIS. Centro Especializado em Plantas Aromáticas Medicinais e Tóxicas. Universidade Federal de Minas Gerais. PLANTAS NATIVAS. 2016. Disponível em: https://www.ufmg.br/mhnjb/ceplamt/plantas-medicinais-2/. Acesso em: 10 nov. 2023.


REFERÊNCIAS DAS IMAGENS


Figura 1 disponível em: O mundo mágico das plantas medicinais está sendo ameaçado e a natureza – Greenco (usegreenco.com.br)


Figura 2 disponível em: – Aroeira, aroeira-mansa, aroeira-vermelha, corneiba, fruta de sabiá (cascas) (ufmg.br)


Figura 3 disponível em: – Espinheira-santa (folhas) (ufmg.br)


Figura 4 disponível em: – Pitangueira (folhas) (ufmg.br)


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