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O sucesso evolutivo das Angiospermas

carolinaguedes1968

As angiospermas são o grupo mais recente entre os vegetais e com o maior sucesso evolutivo até então. Podemos perceber isso quando analisamos a quantidade de angiospermas existentes quando comparado às gimnospermas, ou com as briófitas e pteridófitas. Atualmente as angiospermas contemplam um grupo de 235.000 vegetais enquanto as gimnospermas há apenas cerca de 720 espécies descritas vivas. Mas o que aconteceu de tão inovador no grupo das angiospermas para que elas se adaptassem tão bem no ambiente? Pontuaremos 4 novidades evolutivas nas quais foram fundamentais para esse grupo ter um enorme sucesso evolutivo.

  1. Polinização A polinização por insetos impulsionou a evolução e diversificação das angiospermas. A polinização por animais envolve uma relação antagonista: é necessária para a maioria das angiospermas, pois otimiza a reprodução, porém, os animais têm nas flores uma oferta de alimento, e não raro consomem os seus órgãos reprodutivos. A estratégia adotada por estas plantas então foi a de oferecer algo em troca de suas partes indispensáveis à reprodução, como néctar, e assim garantir uma fertilização segura.

  2. Flor A flor evoluiu como meio pelo qual as plantas induzem os animais a transportar os gametas masculinos para as células-ovo (Curtis, 1977). De fato, a flor como órgão reprodutivo é mais suscetível à seleção natural que os outros órgãos, que não os florais. Desta forma, qualquer mudança fenotípica nas flores que tornasse a polinização mais eficiente seria logo incorporada pelas plantas. Cores atraentes e flores vistosas e chamativas têm um único objetivo: convidar os hospedeiros voadores a procurar o néctar e, ao mesmo tempo, conduzi-los a realizar a polinização. Este é o verdadeiro sentido das pétalas, dos pigmentos e dos aromas produzidos pelas flores.

  3. Hábito decíduo O hábito decíduo, ou seja, a capacidade de perder as folhas quando há uma situação de adversidade extrema foi uma inovação igualmente importante. Segundo Raven (1996), este hábito apareceu em áreas tropicais que experimentaram secas periódicas. As plantas que chegaram às porções mais frias do globo terrestre onde havia falta de água em certos períodos, foram beneficiadas pelo mesmo motivo. Condições extremas do clima já não eram uma barreira intransponível para tais vegetais.

  4. Fruto

O fruto permite uma proteção ao embrião e também uma dispersão das sementes de uma forma mais assertiva. Os frutos podem ser consumidos por animais que posteriormente podem dispersar as sementes (zoocoria). Fatores abióticos, como o vento e a água também podem contribuir com essa dispersão. No fruto, o tecido que armazena nutrientes para o embrião (endosperma) também está presente nas gimnospermas. No entanto, o endosperma secundário das angiospermas normalmente garante melhor nutrição do embrião no interior da semente (maior acúmulo de substâncias de reserva).


Referência Lima, Cintia. "Flores e insetos: A origem da entomofilia e o sucesso das angiospermas." (2000).

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