Darwin foi um importante naturalista britânico que ficou conhecido por sua obra A origem das espécies, publicada em 1859. Nela Darwin mostrou evidências de que as espécies sofrem mudanças ao longo do tempo e que elas surgem por meio de uma sucessão de ancestrais. Ele utilizou a expressão “descendência com modificação” para explicar essa ideia. Segundo Darwin, as espécies apresentam, portanto, ancestrais comuns e sofrem modificações ao longo do tempo que levam ao surgimento de novas espécies com base nesses ancestrais.
Outro ponto importante do darwinismo é a ideia de seleção natural. Darwin fez uma série de observações e pôde concluir que as populações apresentam indivíduos com diferentes características, as quais podem ser passadas de uma geração para outra. Os indivíduos que herdam características que lhes conferem vantagem de sobrevivência, apresentam maior chance de desenvolver-se e reproduzir-se, passando essa característica vantajosa aos seus descendentes. Aqueles que apresentam características menos vantajosas, apresentam menos chance de sobrevivência e de reprodução. Ao longo das gerações, percebe-se que a característica vantajosa vai aumentando entre os indivíduos devido ao seu maior sucesso reprodutivo.
GENÉTICA
Até o momento das descobertas de Darwin, não havia informações claras sobre a passagem de características de um indivíduo para o outro por meio da genética. Um fato importante foi a publicação em 1866 das Leis de Mendel, sendo que apenas em 1900 a teoria ganhou relevância, pois chegou a ser ignorada pela comunidade científica. As objeções que Darwin também não sabia explicar foram verificadas por Mendel, o que teve ainda mais relevância nas considerações feitas por Darwin.
Em 1909, Thomas Morgan (1866 - 1945), um geneticista publicou seu trabalho introduzindo a expressão “alteração genética” que deu ênfase posteriormente para que fosse visto que, a partir de mutações, os indivíduos eram “selecionados” pelo meio ambiente (seleção natural). Porém, Charles Darwin desconhecia as bases da hereditariedade e não tinha informações sobre o DNA, o material genético das células.
DERIVA GENÉTICA
A deriva genética (Mudanças aleatórias na frequência de dois ou mais alelos ou genótipos em uma população) e o fluxo gênico (incorporação de genes no conjunto gênico de uma população a partir de uma ou mais populações) têm papéis importantes. A base para que a seleção possa atuar são as recombinações genéticas e as mutações (origem de toda a variabilidade genética).
DESCOBERTA DE FÓSSEIS
A descoberta de fósseis ajudou consideravelmente a reforçar a teoria evolutiva de Darwin. Os fósseis estudados inicialmente por Darwin foram importantes para que mais estudos fossem feitos. Posteriormente foi visto que, ao comparar os fósseis de diversas espécies, como a nadadeira de uma baleia, asa de um morcego, pata de um cavalo e assim por diante, concluiu-se que, apesar de funções diferentes, os órgãos possuíam o mesmo “padrão” e que, provavelmente, eles foram evoluindo a partir de um mesmo órgão, como no caso, a pata. A partir dos fósseis encontrados, cientistas puderam estudar e compreender melhor questões genéticas até então desconhecidas.
É possível observar que além da seleção natural, outros fatores evolutivos atuam nas populações. Estudos em genética, paleontologia, botânica e zoologia foram somados aos conhecimentos propostos por Darwin para sistematizar o processo de evolução e de diferenciação das espécies.
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