A partir do século XX, os grandes centros urbanos vivenciaram um crescimento populacional desordenado devido, principalmente, aos processos de industrialização e urbanização, que levaram a impactos nos corpos d'água, como lagos, rios e oceanos.
No Brasil, a qualidade da água tem sido comprometida pelo desmatamento, a ocupação do solo e o lançamento de esgoto industrial e doméstico nos rios, lagos e lençóis subterrâneos. Além disso, a baixa cobertura pública no sistema de saneamento, leva à precariedade das redes de esgoto sanitário, causando graves desequilíbrios ecológicos.
O saneamento básico é um direito garantido pela Constituição Federal e instituído pela Lei nº. 11.445/2007. Consiste em serviços relacionados ao meio ambiente, que afeta diretamente o desenvolvimento socioeconômico e a saúde da população, por exemplo: esgotamento sanitário, abastecimento e tratamento da água para consumo humano, drenagem de águas pluviais e coleta adequada dos resíduos sólidos.
Fonte: Portal Saneamento Já
Embora o Brasil tenha progredido na redução das doenças relacionadas ao saneamento básico inadequado ao longo do tempo, ainda é um país marcado por desigualdades. A falta de investimentos no saneamento impacta na atenção à saúde, uma vez que provoca doenças transmitidas por diferentes mecanismos veiculados à água. Conforme o Departamento de Informática do SUS (DATASUS), em 2015 essas doenças representaram 0,7% dos gastos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Planeta Bio
Tal situação evidencia a necessidade de algumas ações urgentes, como a melhoria no abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Além disso, a implementação de banheiros domésticos, para evitar a contaminação fecal do ambiente. Essa medida faz-se ainda mais necessária em zonas rurais, uma vez que muitas residências ainda se utilizam de fossas rudimentares.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Isis de Castro. Sistemas Sustentáveis de drenagem urbana: uma proposta para a bacia hidrográfica do córrego de São Pedro, em Juiz de Fora-MG. Universidade Federal de Juiz de Fora- Faculdade de Engenharia Ambiental e Sanitária. 2020. Disponível em: https://www2.ufjf.br/engsanitariaeambiental//files/2020/10/TFC2-Isis-de-Castro-Almeida1
BARRETO, Mauricio L. et al. Saúde no Brasil 3 Sucessos e fracassos no controle de doenças infecciosas no Brasil: o contexto social e ambiental, políticas, intervenções e necessidades de pesquisa. Lancet, v. 377, n. 9780, p. 47-60, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 212 p. Acesso em: 30 nov. 2022. Disponível em:< https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_controle_qualidade_agua.pdf>.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional - MDR. Secretaria Nacional de Saneamento - SNS. Panorama do Saneamento Básico no Brasil 2021 / Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional. – Brasília/ DF. 2021. Disponível em:<https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/saneamento/snis/produtos-do-snis/panorama-do-saneamento-basico-do-brasil>
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