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Foto: www.pexels.com
O principal habitat dos cnidários é o ambiente marinho de águas tropicais rasas. Poucas espécies vivem em água doce. Nenhum é terrestre.
Os cnidários apresentam um tipo específico de célula em seus tentáculos, o cnidócito. Essas células lançam o nematocisto, uma espécie de cápsula que contém um filamento com espinhos e um líquido urticante.
O nematocisto é responsável por injetar substâncias tóxicas que auxiliam na captura de presa e na defesa. Em humanos, pode causar lesões
.
A maioria dos casos de acidentes com águas-vivas, podem ser tratados imediatamente no local e em casa, seguindo os passos abaixo, porém é importante procurar assistência médica para avaliação clínica, prevenindo reações alérgicas e possíveis envenenamentos pela quantidade de toxinas absorvidas pela pele.
1. A água do mar
Já em terra firme, o primeiro cuidado é lavar a região com água do mar, para remover os tentáculos e aliviar a dor. Lembre-se de não esfregar a região, pois isso pode romper as estruturas que liberam veneno.
2. Jamais lave com água doce
Não lave o ferimento com água mineral ou da torneira, pois a água doce provoca um efeito de osmose e estimula a liberação das toxinas pelas células do animal, o que vai agravar a lesão e a queimação. A água doce só pode ser aplicada depois que todos os tentáculos foram removidos.
3. Nada de fazer xixi sobre o ferimento
Diferente do que se costuma acreditar, não é recomendável passar urina, sabonete, álcool e limão no local afetado, pois eles podem agravar a irritação e levar a consequências ainda piores.
4. Remova os tentáculos de forma segura
Os tentáculos da água-viva não penetram na pele, mas podem ficar grudados em sua superfície. Assim, depois de lavar a região com água do mar, proteja a mão com uma luva ou utilize um objeto não perfurocortante para removê-los.
5. O vinagre é de grande ajuda
Depois dos primeiros cuidados, faça uma compressa com vinagre na região afetada por 30 minutos. Essa substância contribui para neutralizar as toxinas, reduzindo a intensidade da reação.
6. Proteja a região do sol
A área afetada pela água-viva ficará sensibilizada até a cicatrização completa, de modo que a exposição ao sol pode agravar a lesão e levar à formação de bolhas. Dessa maneira, recomenda-se o uso de protetor solar com FPS 30 ou superior, além de cobrir a região com roupas leves.
É importante lembrar!
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No Brasil, não existem muitas espécies de águas-vivas que desencadeiam casos graves, entretanto, sintomas perigosos podem surgir. Ao sentir dificuldade para respirar e um quadro de mal-estar intenso, procure imediatamente o médico.
Atenção: Evite entrar em locais com grande quantidade de águas-vivas e, ao ver algum animal morto na praia, evite tocá-lo.
Referências
ANJOS, MARIANA FERREIRA DOS, 1989 - Caracterização da resposta induzida pelo veneno MLU_080047 isolado da caravela Physalia physalis. [manuscrito] / Mariana Ferreira dos Anjos.
–Itajaí, 2017
Acidentes por Águas-vivas, Peixes e Arraias. Secretária da Saúde, Paraná. Disponível em: < Acidentes por Águas-vivas, Peixes e Arraias | Secretaria da Saúde (saude.pr.gov.br) >. Acesso em: 08/02/2023.
Acidentes com águas-vivas e caravelas: conheça os primeiros socorros. Canal saúde – FIOCRUZ, Rio de janeiro. 23, de Janeiro de 2017.Disponível em: < Acidentes com águas-vivas e caravelas: conheça os primeiros socorros (fiocruz.br)> Acesso em : 08/02/2023.
BRASIL. MINISTÉRIO NACIONAL DA SAÚDE. Fundação nacional de Saúde. Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos. Brasília, 2001.
BRUSCA, G.J.; BRUSCA, R.C. Invertebrados. Brasil. Guanabara Koogan; 2007.
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