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A partir do advento da primeira revolução industrial, ocorrida no século XVIII, quantidades cada vez maiores de CO2 vêm sendo lançadas para a atmosfera terrestre, por meio da queima de combustíveis fósseis, gerando os gases de efeito estufa (GEE) (de Freitas & da Silva,2020).
Aumento do buraco da camada de ozônio, derretimento das calotas polares, perda de biodiversidade, intensificação de queimadas, tempestades, la niña, el niño, efeito estufa, além de eventos climáticos extremos são alguns dos efeitos diretos ocasionados pelas mudanças climáticas que afetam todo o planeta.
Nesse sentido, as conferências para o clima (promovidas pela ONU), chamadas de COPs, são de fundamental importância para a consolidação de políticas que visem mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas que ocorrem em escala global. Por meio da reunião dos principais líderes mundiais em uma agenda climática global, que visa a estabelecer metas globais de redução da temperatura do planeta, a qual segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) será impossível não aumentar 1.5°C em relação ao início do século (de Freitas &da Silva, 2020; IPCC, 2022).
Nas COPs, acordos importantes são selados entre os países para que seja possível alcançar as metas estabelecidas. Nesse sentido, o Acordo de Paris, selado em 2015
-vigente atualmente, institui metas ousadas a serem alcançadas pelos países membros na desaceleração dos efeitos das mudanças climáticas, tais como: limitar o aumento da temperatura do planeta em 2°C até 2100, em relação aos níveis pré-industriais, além de emissões zera das até metade deste século (de Freitas & da Silva,2020; Secaf, 2016).
Mas você sabia que os países não são afetados da mesma forma?
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Um dos pontos de discussão de maior destaque da última COP (27) decorreu sobre o chamado racismo ambiental.
O conceito diz respeito às injustiças sociais e ambientais que recaem de forma desproporcional sobre etnias vulnerabilizadas, ou seja o conceito versa sobre a falta de justiça social(Herculano, 2008).
Muitas vezes, os países que menos produzem os GEE são aqueles que mais sofrem direta e rapidamente com os efeitos nocivos das mudanças climáticas.
Secas extremas no Brasil, possíveis inundações futuras de ilhas da Indonésia, Tuvalu e Maldivas, a subsistência indígena sul americana ameaça da pelas alterações nas florestas, são exemplos de como os países ricos, que produzem e poluem afetam diretamente os países mais vulneráveis que produzem em escala muito menor. Isso pode ocasionar nos próximos anos uma crise global desencadeada pelos refugiados do clima. Ocorre que, muitas pessoas, já vêm sendo “expulsas” de suas casas, porque suas terras tornaram-se improdutivas, em razão de eventos climáticos extremos. (Squeff & Rodrigues, 2016) Nesse cenário, os líderes mundiais reunidos na COP 27- sediada no Cairo, instituíram um fundo financeiro para os países mais vulneráveis, na tentativa de evitar o avanço do problema, juntamente às medidas anunciadas no Acordo de Paris .
REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS
Squeff, TARFC & Rodrigues, DAM. Da sociedadedo risco à deflagração do fenômeno dos refugiados do clima: a exclusão da tutela jurídicacomo questão do racismo ambiental.
Revista Videre, n.16, p.45-60, 2016
de Freitas,CVM & da Silva, MLP. Mudanças do clima: análisedas conferências que trataram do mercado de carbono e seus principais resultados. Brazilian Journal of Development, v.6, n.10, p.75332-75342, 2020
IPCC. Climate change 2022 mitigation of climate change.
Herculano, S. O clamorpor justiça social e contrao racismo ambiental. Revista de GestãoIntegrada em Saúde do Trabalhoe Meio Ambiente. v.3, n.1, p. 1-20, 2008
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