Os testudines ou como conhecemos popularmente como tartarugas, jabutis ou cágados são animais caracterizados por seus cascos. Ocupam ambientes diversos como rios, mares, desertos, florestas e lagos. Existem espécies que vivem exclusivamente em terra e outras nos mares, rios e lagos.
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Os sítios de desova dos testudines são distribuídos pelas praias, bancos de areias em lagoas, rios e no mar e até na lama e entre restos vegetais nas matas mais densas, esses locais se diferenciam de acordo com as espécies. As condições físicas que fazem parte da incubação dos ovos têm um papel muito importante na divisão de nascimento de machos e fêmeas.
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Desova de tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta). FONTE: Projeto Tamar, 2018
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA
A temperatura é o principal elemento de determinação sexual de diversos "répteis" como lagartos, crocodilos e os testudines. Uma faixa de temperatura específica pode produzir apenas machos ou apenas fêmeas e até uma faixa de transição onde são gerados os dois sexos. Isso acontece pois a temperatura age na produção de enzimas que são responsáveis pela diferenciação das gônadas desses animais. Diferenças de 2ºC a 4ºC podem ser cruciais para essa determinação das gônadas.
Existem três tipos de padrão da determinação sexual dependente da temperatura, são eles:
● Padrão Ia: onde baixas temperaturas produzem machos e altas temperaturas produzem fêmeas. Comum em tartarugas.
● Padrão Ib: baixas temperaturas produzem fêmeas e altas temperaturas produzem machos. Comum em lagartos e crocodilos.
● Padrão II: baixas e altas temperaturas produzem fêmeas e temperaturas intermediárias produzem machos. Ocorre nos demais grupos de répteis.
Apesar do padrão Ia, onde baixas temperaturas produzem machos e altas temperaturas produzem fêmeas, serem comuns em tartarugas marinhas, lembrem-se que esse padrão não é exclusivo dos testudines, como por exemplo algumas tartarugas de água doce do gênero Chelydra, produzem tanto com temperaturas altas como em baixas e produzem machos em temperaturas intermediárias como mostrado no padrão II.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FERREIRA JÚNIOR, P. D. (2009). Aspectos ecológicos da determinação sexual em tartarugas. Acta Amazonica, 39, 139-154.
POUGH, F. H., HEISER, J. B., & MCFARLAND, W. N. (2003). A vida dos vertebrados (Vol. 3). São Paulo: Atheneu.
PROJETO TAMAR (2011). Ninhos e postura. Disponível em: https://www.tamar.org.br/interna.php?cod=94
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