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E se Darwin não tivesse publicado A Origem das Espécies?

Foto do escritor: Residência PedagógicaResidência Pedagógica


Como muitos sabem, foi a partir de uma expedição a bordo do navio Beagle HMS que Darwin teve seus primeiros insights para sua teoria da evolução e que viria a publicar o seu livro A Origem das Espécies, publicado no ano de 1859, mas o que muitos não sabem é que a viagem quase não aconteceu, vamos agora descobrir o que o quase levou a desistir da viagem que mudou a sua vida. E também, supor que poderia ter acontecido se Darwin não tivesse subido nesse navio.



Ah...O amor… O mais belo sentimento, a força motriz da humanidade e quase o grande responsável por uma das maiores catástrofes científicas que poderia acontecer.

O ano é 1831 e uma viagem se preparava para partir da Grã-Bretanha ao redor do mundo, com uma parada especial na América do Sul, pouco explorada e conhecida na época. O capitão do navio, Robet Fitzroy procurava um naturalista que pudesse acompanhar o H.M.S. Beagle nessa empreitada tão desafiadora. Depois de uma recusa de um famoso pesquisador da época, o professor Henslow, o capitão tentou contato com um jovem naturalista chamado Charles Robert Darwin, que de imediato aceitou o desafio de passar 5 anos viajando por todo o globo e catalogando tudo o que encontrasse pelo caminho para posterior estudo.


Tudo corria muito bem, até que meses antes da viagem, um amor do passado procurou por Darwin, seu nome era Fanny Owen, eles tinham inclusive namorado no passado e esse reencontro foi suficiente para abalar as certezas do nosso querido naturalista.

Depois de muito pensar, Darwin acaba desistindo de sua viagem para viver com seu querido amor, eles se casam e Darwin se torna um influente professor de teologia na Universidade de Cambridge.


"Queime isso assim que ler - ou trema com minha fúria e vingança-"

(imagem de carta enviada por Fanny Owen para Darwin)

Espera aí! Teologia?

Isso mesmo! Darwin estava cursando teologia quando decidiu viajar pelo mundo, sem a viagem para trabalhar, ele deu seguimento a sua vocação.

Quem mais sofreu nessa história foi nosso querido capitão Fitzroy, com uma segunda recusa e sem tempo para encontrar outro naturalista, ele seguiu viagem totalmente frustrado de não conseguir completar totalmente suas ambições, o seu navio Beagle acabou sendo esquecido pela história, sendo só mais uma das muitas viagens ao redor do mundo que ocorreram na época.



Sem uma teoria concorrente, as ideias de Lamarck começam a ganhar ainda mais força, entre grande parte da comunidade científica que acreditava na evolução, a lei do uso e desuso e da transmissão de caracteres adquiridos passa a ser considerado o que se tem mais moderno na ciência.


Enquanto isso, a maior parte do mundo continuava crendo na teoria da imutabilidade das espécies propagada pela religião, que todas as espécies tinham sido criadas do jeito que nós vemos hoje por uma força superior que assim mantinham-se eternamente.


Lá pelos anos de 1858, um jovem pesquisador de nome Alfred Wallace chegou a escrever sobre uma teoria de seleção natural, mas sem nenhum apoio na entre os cientistas, suas ideias acabaram sendo esquecidas rapidamente sem nenhuma grande relevância.




Apenas em meados do século XX, com o advento da genética e o avanço das pesquisas sobre transmissão de características via DNA, as primeiras teorias sobre como determinado carácter era selecionado começaram a surgir. Hoje no século XXI, ainda damos passos lentos para entender os mecanismos de seleção das espécies, sabemos que a natureza seleciona de alguma forma aqueles mais aptos para aquele local naquele momento, mas a forma ainda é um mistério. Talvez precisemos ainda de um grande nome para isso, talvez alguém que Charles Darwin poderia ter se tornado.


É claro que isso tudo não passa de uma suposição de como as coisas poderiam ter sido, talvez outro cientista tivesse chegado às mesmas conclusões de Darwin, talvez o próprio Wallace ganhasse mais destaque. Contudo, uma coisa é inegável, a importância que Charles Darwin e sua viagem a bordo do H.M.S. Beagle teve para a ciência, é inquestionável.


Para saber um pouco sobre NEODARWINISMO acessem o link: https://www.instagram.com/p/CPQ5ZxfFUZV/

 

Organizador por: Maria Moraes, Marina Sande Sara Maier e William Silva.


Referências:


ABRÃO, M.S. Viagem de Darwin: Navegando pelo mundo, Darwin revolucionou ciência. UOL Educação. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/viagem-de-darwin-navegando-pelo-mundo-darwin-revolucionou-ciencia.htm>.


CAMBRIDGECAMBRIDGE UNIVERSITY LIBRARY. Part of letter from Fanny Owen. 2021. Imagem. Disponível em: https://www.darwinproject.ac.uk/people/about-darwin/darwin-s-first-love. Acesso em: 24 maio 2021.


MAIA, F. Paixão de Darwin colocou viagem do Beagle em risco. Folha Online, 2019. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2009/02/502553-paixao-de-darwin-colocou-viagem-do-beagle-em-risco.html>.



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